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segunda-feira, 8 de março de 2010

Medida socioeducativa existe?

Raphael Gonçalves da Silva

O Brasil pune seus criminosos de maneira certa? Educa e dá uma nova oportunidade de refletirem sobre seus erros? Todos nós, brasileiros, sabemos que não. E isso só piora com a entrada precoce de jovens, menores de idade, na vida criminosa.

Os tempos estão mudando e a justiça continua cega para essas mudanças. Hoje a punição é flexível, com medidas socioeducativas para esses menores, que pagam pelos crimes, muitas vezes hediondos, com uma pena rídicula.

O assassino do menino João Hélio é mais um a ser beneficiado com essa maneira pouco eficaz de punir e educar o bandido. Saiu depois de alguns anos da prisão, porque era menor e, agora, querem mandá-lo para a Suíça para recomeçar a vida. Isso é intolerável.

Como pode um monstro que arrastou uma criança por cerca de 7km até a morte sair da prisão em alguns anos e quase ser enviado para a Suíça? Se essa é a punição, vai ter muito bandido precoce querendo cometer o mesmo crime. Essa é a medida socioeducativa que pune e educa? Não, nunca foi e nunca será. 

Então, ela existe?

Outro exemplo de como o sistema é completamente ineficaz é o caso de um dos envolvidos na morte do guitarrista da banda Detonautas Rodrigo Netto em junho de 2006. Rogério Allan Aguiar Gomes, hoje maior de idade, cumpriu três anos de medida socioeducativa e foi posto em liberdade no início desse ano.

Rogério Allan foi morto durante confronto com a Polícia Militar, depois de roubar um carro na Rua São Francisco Xavier, na Tijuca, Zona Norte do Rio, na segunda-feira de carnaval. Após roubarem um Meriva, Allan e três comparsas foram vistos por um carro do 22º BPM em Benfica, onde iniciou-se uma intensa troca de tiros.

Então, existe medida socioeducativa ou poderíamos chamá-la de impunidade? 
(Fonte: Globo)

Um comentário:

Cristian Lefevre disse...

Acredito que essa discussão será duradoura. Entretanto, devemos refletir no termo "sócio-educação".
Nós profissionais da área, pois sou sócioeducador também, devemos ter como meta o desenvolvimento educacional do adolescente uma vez que ele está em fase de alterações físicas e mentais; em momento de procura. Devemos deixar os preconceitos para trás e procurar soluções práticas e também duradouras.