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Esse é o primeiro blog dos Agentes de Segurança de Medidas Socioeducativas do Estado de Sergipe.
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Quebra de Medidas é comum no Semiliberdade

Agentes de segurança socioeducativos denunciam  descumprimento de medidas no semiliberdade


Caros leitores,  semana passada recebemos de um grupo de agentes de segurança de Medidas Socioeducativas do Estado de Sergipe um texto que está intitulado como "NOTA DE REPÚDIO". A equipe do Blog leu, analisou e foi até a unidade citada na nota para averiguar a veracidade dos fatos. Após todo esse trabalho a equipe de reportagem e seus administradores resolveram publicar tal nota.


NOTA DE REPÚDIO

REPÚDIO contra as arbitrariedades e negligências da Fundação Renascer de Sergipe ocorridas na Unidade Socioeducativa São Francisco de Assis (Semiliberdade) CASE, onde, já se tornou rotina, internos que cumprem medidas socioeducativas descumprem a lei e evadem da unidade pelo telhado (telhado esse que é precário) e os agentes não podem fazer nada, pois os evadidos retornam para Unidade ao bel prazer e com a consciência da impunidade.
(grupo de agentes de segurança insatisfeitos com o gerenciamento do CASE - Semiliberdade)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Rebelião em Unidade da Fundação CASA, Arujá/SP

Os 40 adolescentes que compõem o regime de internação permanente da unidade Arujá, na Grande São Paulo, da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa) promoveram, na noite de quinta-feira, 11, uma rebelião de cerca de uma hora, período em que um professor foi mantido refém dentro de uma das salas de aula.

Por volta das 20h15, cinco equipes do 31º Batalhão da Polícia Militar foram acionadas e cercaram a unidade, localizada na Avenida Waldomiro Luiz Coutinho, no bairro São Bento. Não se sabe ainda se a rebelião teve início após uma tentativa de fuga. Móveis, lâmpadas e janelas foram destruídos pelos adolescentes. Segundo a PM, até a 1h30 desta madrugada de sexta-feira, 12, a informação era de que nenhum menor havia fugido.

Um pouco depois das 21 horas, o diretor da unidade chegou ao local e conseguiu convencer os menores a liberarem o professor e encerrarem a rebelião. Ferido na boca, o docente não quis ser encaminhado para hospital algum. A unidade de Arujá foi inaugurada em 9 de novembro de 2007 e tem capacidade para 56 menores, sendo 40 em regime de internação permanente e 16 em regime de internação provisória.

A assessoria de imprensa da Fundação Casa não foi localizada para prestar mais detalhes sobre o ocorrido dentro da unidade.
(Fonte: Mogitronic News)

Cinco internos fogem da Unidade Socioeducativa de MT

Cinco adolescentes fugiram do Centro Sócioeducativo em Rondonópolis.
Na fuga, eles utilizaram uma corda artesanal feita de lençóis
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Os cinco internos do sócioeducativo fugiram por volta das 4 horas da madrugada do dia 10. Eles cerraram os cadeados e grades da cela e escaparam com o auxílio de uma corda feita com lençóis – conhecida como “maria-teresa”. A Polícia Militar foi chamada e iniciou a realizar rondas pela região logo em seguida, mas até o fechamento desta edição não tinham sido recapturados.

Entretanto, a superintendente do sistema sócioeducativo disse que a Secretaria de Estado de Segurança Pública já conta com as informações necessárias para promover a recaptura dos internos. “Temos recapturado todos os internos que fugiram no Estado. Creio que isto também deve ocorrer em Rondonópolis”, disse.

Entre os fugitivos, dois já têm mais de 18 anos, mas continuavam como internos para finalizar a pena da medida sócioeducativa. De acordo com a legislação, a pena pode ser cumprida em medida sócioeducativa até que o interno complete 21 anos. No entanto, caso sejam recapturados, os dois deverão ser automaticamente encaminhados à Cadeia Pública de Rondonópolis. “Como eles cometeram outro crime, que é a fuga, devem cumprir o restante da pela no sistema prisional”, explicou.

(Fonte: Diário de Cuibá)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fundação Renascer vai impor plantão 12/36 para agentes socioeducativos?

Olá colegas agentes. Como vocês já devem ter percebido está um disse-me-disse sobre (novamente) a mudança de horário dos plantões nas unidades socioeducativas aqui de Sergipe.

O que achamos incrível é a inercia da diretoria do nosso "tão querido sindicado" que com muita luta organizamos para defender-nos das mazelas que caem sobre nossa pequena categoria.

Esperávamos que o Sindasf (ou como também é delicadamente conhecido Sindase - nome dado para tentar deixar apenas os agentes filiados ao sindicato) estivesse visitando as unidades socioeducativas, conversando com os colegas de profissão, e, na atual conjuntura, estivesse ao lado dos companheiros explicando a situação, se está ou não está tentando manter o horário de 24/72. Fica muito difícil acreditar que o sindicato está lutando pelos agentes, quando desaparece e todos perguntam: "- Onde está Eziel?" (para quem não sabe ou não conhece, é o presidente do Sindasf). Depois não pode reclamar de boatos que venham a surgir...

Hoje, dia 12, recebemos vários e-mails de agentes se manifestando sobre essa "tal" mudança de 24/72 para 12/36. Abaixo estaremos postando o e-mail do agente Fabio Wesley, onde expressa publicamente o seu pensar.

"Se aceitarmos isto, nunca mais vamos trabalhar 24/72. Outro ponto 12/36 só pode em caráter de acordo coletivo, a não ser que Eziel tenha assinado este acordo. Temos uma escala produzida pelo Agente Valdson de 12/48, mas a Fundação não aceitou, então não vamos aceitar a proposta deles. Quanto ao ponto dos processos, não queiram acreditar, é um direito nosso, daí eu tenho a solução para eles: PAGUEM A DIFERENÇA TODO MÊS.


Bom, estamos enfrentando uma realidade que nós fizemos, direi:


Manter Eziel no poder (o pior dos erros, é muito fácil tirá-lo, vamos pedir as contas do sindicato).


Com este item um o sindicato funciona exclusivamente para a Fundação.


Os Agentes só sabem falar, falar e falar. Durante as reivindicações muitos ficam em casa.


Escolta agora é uma realidade, e comecem a agradecer a Deus por começarem a sair sem colete, sem proteção, ah! Sem tudo. Só peço que tenham cuidado, pois já temos fatos reais de Agentes tomarem facadas e serem perseguido por moto, não citarei nomes, vocês já sabem.


O melhor de tudo, Agentes que fazem favor a Fundação, ou, a mãe como chamam, não a minha é claro. Estes FAVORES são: Escoltas, Quadras, Denunciar colegas, Enumerar Chaves em plena paralisação, falar diretamente para a presidente que não está participando. Ufa. Chega! Já está bom.


Camaradas, vamos começar a lutar, pois o mal vem para todos, seja para os  pelegos ou subversivos. Fiquem atentos! Chamaremos a qualquer instante para uma reunião, por favor, compareçam.


PS. NÃO VOU FALAR SOBRE A SEJUC, não sei interpretar sonhos. Digo isto por estar sem documentos.

AGENTE FÁBIO WESLEY. "

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Desabafo de um agente socioeducativo da Funase



Sou anônimo, não só por medo da repressão, mas porque o Estado quis assim. Trabalho na Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE), antiga FUNDAC e FEBEM, atuando como AGENTE SOCIOEDUCATIVO (ASE). Meu ingresso nesta instituição se deu através de concurso público, realizado pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE), mais prova de títulos consecutiva, no ano de 2004.

Trabalho dentro de um pavilhão superlotado, quente, de odores fortes, sujo e mal ventilado. Eu e mais ou menos cinco colegas tomamos conta de quase 100 internos. Os adolescentes perdem anos valiosos de suas vidas, quando não a perdem, entre saídas e retornos. E o Estado até parece que se sente culpado, mas a criminalidade é a entidade que realmente abraça com laços fortes o futuro de cada um deles.
 
Adolescentes da Funase sendo "ressocializados"
As funções de um ASE são muitas e dentro delas destaco: zelar pela integridade física e moral do interno, cuidar de sua segurança, alimentação e higiene pessoal, conduzi-lo e custodiá-lo para suas audiências, a hospitais ou outras instituições, contribuir para seu retorno a sociedade, ajudá-lo nas etapas de sua reeducação, proteger e cuidar do patrimônio da Fundação. No meio dessas atribuições o agente ainda tem que ter: habilidade para controlar rebeliões, tumultos entre gangues rivais, estupros, lesões corporais, consumo de drogas, agressões morais e ameaças. Tudo isso entre os internos e muitas vezes contra nós mesmos.
 
Não temos armas, somente o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Não temos a segurança dos nossos empregos, pois somos temporários. Não temos direitos trabalhistas, porque não recebemos vale-transporte, ticket alimentação, insalubridade, FGTS, adicional noturno, indenização, seguro desemprego, até o direito de fazermos parte do SASEPE e sermos atendidos pelo hospital do servidor é negado.
 
Sobrevivemos de nosso sacrificado salário, que nem se quer chega a ser dois mínimos. Como posso existir com tão pouco? Eu também sou vitima do Estado e prossigo a quase 6 anos, fazendo a minha parte. Como um pacto pela vida, pela minha vida, sem ninguém me vê e saber quem sou. Cada vez mais anônimo

Em tempo
O agente socioeducativo de Pernambuco que escreveu esse texto foi demitido a pouco tempo, juntamente com  muitos outros agentes, por ter o contrato finalizado.


Rebelião na Unidade de Internação Provisória em Aracaju

Agentes de segurança evitam rebelião na USIP


Por volta das 10 horas do dia 05, sexta-feira, os adolescentes internados na ala 2 da Unidade de Internação Provisória, USIP, iniciaram atos de rebelião.

Segundo agente de segurança, que não quis se identificar com medo de represália, os internos iniciaram com bate-bate nas grades e janelas, depois, no interior da ala 2, atearam fogo nos colchões e começaram a agredir os funcionários com palavras agressivas.

Os adolescentes reclamavam de refeições de péssima qualidade (com até cabelos nas refeições),  frutas estragadas, falta de atividades e quartos ("cubículos" que não possuem banheiros, tendo que fazer necessidades em quentinhas de alumínio e em garrafa pet).

(Fonte: Youtube)

Os agentes de segurança que se encontravam de plantão se uniram para que não houvesse fuga no momento do resgate dos adolescentes da ala em chamas. De dois em dois os adolescentes foram se deslocando em direção a quadra esportiva.

Nenhum adolescente foi ferido nessa ação.

A noite, o diretor administrativo da Fundação Renascer esteve visitando a USIP para verificar os estragos causados durante a rebelião.

O blog parabeniza todos os agentes que se empenharam em evitar a rebelião e a propagação do incêndio causados pelos adolescentes.