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Esse é o primeiro blog dos Agentes de Segurança de Medidas Socioeducativas do Estado de Sergipe.
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Início de Rebelião na USIP

No início do dia 27, quinta-feira, por volta das 06:50, os internos da Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (USIP), em Aracaju, SE, deram início a uma rebelião nas alas 5 e 6.

Segundo um agente de segurança socioeducativo, que preferiu não ser identificado, os internos aproveitaram o momento de mudança de plantão e atearam fogo em colchões e lençois dentro das próprias alas. Mesmo com muita fumação e fuligem os agentes conseguiram controlar o princípio de rebelião.

Os adolescentes que participaram de ato de vandalismo foram disciplinados conforme o regulamento da casa.

Nenhum funcionário ou adoelescente internado na instituição foi ferido.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Fuga de adolescentes no Centro de Atendimento ao Menor

Na fuga, um guarda tercerizado ficou nervoso e passou mal

Um domingo, 23, movimentado no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam). A informação, já confirmada pela direção da unidade, é que internos conseguiram escapar. De acordo com agentes de medidas sócio-educativas, que preferiram não ser identificados, foram oito adolescentes da ala três que fugiram pela porta da frente. Os agentes relataram que a ação envolveu dois guardas de uma empresa terceirizada.
Os adolescentes chegaram a correr atrás dos guardas dentro da unidade com barras de ferro e facas improvisadas, na tentativa de escapar, um dos guardas abriu o portão que fica dentro do Cenam , o que teria facilitado a passagem dos adolescentes que forçaram a abertura do portão principal.
Abalado, um guarda contou que os adolescentes forçaram a saída e estavam armados com facas improvisadas.  Mesmo orientado a não contar o que ocorreu, o guarda disse que durante a fuga a pressão baixou e ele passou mal.
Ao perceber a ação dos adolescentes, um guarda temendo ser ferido pelos internos preferiu ficar fechar a porta da guarita. Ele conta que alguns internos estavam com camisas amarradas na cabeça e outros sem camisa. Os adolescentes tomaram destino ignorado.
(Fonte: Infonet)

NOTA DA FUNDAÇÃO RENASCER NA ÍNTEGRA

A diretoria executiva da Fundação Renascer vem, por meio desta, informar que neste domingo 23, no período da manhã, oito socioeducandos evadiram da ala 03 do Centro de Atendimento ao Menor (Cenam).

Na evasão não houve confronto direto e nem maiores danos aqueles que desempenhavam suas atividades na unidade. A diretoria informa ainda que todas as comarcas, responsáveis pelos processos dos adolescentes em conflito com a lei evadidos, foram informadas.

Aguarda-se a verificação das imagens das câmaras de monitoramento e o relatório da direção da unidade para que sejam apurados através dos procedimentos administrativos (sindicância administrativa e inquérito administrativo) os fatos que ocasionaram a evasão.

domingo, 23 de outubro de 2011

...funcionários adoecem e morrem de forma silenciosa...

 
 “Os ASPs sofrem com a pena de reclusão, muito embora não sejam eles os prisioneiros. Atrás dos muros e das grades de uma prisão, funcionários adoecem, ou morrem, de forma silenciosa e sem grandes alardes: transtornos de humor e transtornos neuróticos, uso abusivo de substâncias psicoativas, desordens ansiogênicas, dificuldades para dormir ou respirar, frustração profissional, alta insatisfação nas tarefas, dificuldade em manter um relacionamento conjugal satisfatório e até mesmo suicídios. O espaço de vida do ASP no interior do cárcere, é algo que limita as possibilidades de desenvolvimento pessoal e de grupo”. Este é um dos trechos da conclusão de uma pesquisa sobre ASPs no exercício de sua função realizada pelo pesquisador e psicólogo Arlindo da Silva Lourenço. A pesquisa faz parte de uma tese de doutorado, coordenada pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) com o título de “O espaço de vida do agente de segurança penitenciária no cárcere: entre gaiolas, ratoeiras e aquários.”

Durante o trabalho Lourenço analisou 27 profissionais da área em duas unidades masculinas do Estado de São Paulo. Os agentes foram observados durante 120 horas, o que correspondente a dez plantões. Entre outras constatações importantes, o pesquisador concluiu que o ambiente das prisões, além de perigoso e insalubre, é também um lugar precarizado e pauperizado. Os profissionais sentem as consequências das condições inadequadas de trabalho. Segundo ele, as más condições de trabalho levam à precarização da própria existência ...funcionários adoecem e morrem de forma silenciosa... pessoal dos ASP’s e o ambiente da prisão leva à vitimização do trabalho com mais de 200 páginas esta a disposição para reflexão da categoria.
(Fonte: ASSIPES)

sábado, 22 de outubro de 2011

Fuga em Massa

Todo o efetivo das Polícias Civil e Militar do município de Sena Madureira, distante 144 km de Rio Branco foi mobilizado para capturar os menores

A fuga em massa dos 19 internos do Centro Sócio Educativo Purus, localizado no município de Sena Madureira, estado do Acre, aconteceu por volta das 21h40 desta quarta-feira, 19, após uma rebelião em que renderam os dois agentes penitenciários que faziam a guarda e fugiram.

De acordo com informações todo o efetivo das policiais civil e militar e até os policiais que estavam de folga foram chamados de emergência para ajudar nas buscas pelos adolescentes infratores que estão à solta na cidade.

Segundo informações o número reduzido de efetivo (somente dois agentes) teria colaborado para a fuga em massa.

Por Lei os sócios educadores não podem usar armas e os menores teriam amarrado e trancado os agentes dando tempo para a fuga que somente foi comunicada tempo depois da fuga em massa.

Uma versão ainda não confirmada pela Polícia informa que seis homens armados e encapuzados teriam invadido o Centro Sócio Educativo rendido os agentes e libertado todos os menores infratores que estavam internados naquela unidade.
(Fonte: Ecos da Notícia)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Princípio de Rebelião no Centro de Atendimento ao Menor




Por volta do meio-dia desta quinta-feira, 13, os internos do Centro de Atendimento ao Menor – Cenam – em Aracaju, SE, se envolveram em um principio de rebelião.  Agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram acionados como procedimento padrão, mas não chegaram a entrar no local.

Segundo Antônia Menezes, diretora da Fundação Renascer, que é responsável pela a administração do Cenam, o tumulto começou por conta da insatisfação de alguns internos que não foram beneficiados com o mutirão de audiência realizado recentemente, onde outros adolescentes foram liberados.

“Os internos ficam mais agitados no período de audiências e os que não são beneficiados ficam chateados, esse é um dos motivos dessa movimentação”, afirma Antônia Menezes. Segundo ela, os que ficaram de alguma forma não cumpriram os requisitos para a liberação, seja porque o ato infracional foi mais grave ou até por mau comportamento.

A confusão começou em uma ala com oitos adolescentes. No total são 42 internos entre 16 e 21 anos incompletos que cumprem medida socioeducativa. “Eles já estão mais tranquilos, nós identificamos os líderes da movimentação e eles serão separados. Dos oito, quatro permanecerão na ala e os outros irão para outra cela que está desocupada”, explica Wigner Quintela, diretor do Cenam.

Apesar do susto ninguém se machucou. Houve apenas danos materiais, pois os internos balançavam as celas ocasionando rachaduras nas paredes e algumas pedras foram encontradas. “O cenário era de muita sujeira, os meninos reviraram os baldes de lixo e tinha água também. Mas não me parece que houve tanta destruição”, relata Marco Carvalho, negociador da PM.

Segundo Wigner Quintela, esta semana os jovens têm uma programação especial que começou na última segunda-feira, 10, com palestra educativa e na terça-feira com culto ecumênico. As atividades continuam com jogos de salão e campeonato de futebol.
(Fonte: Cinform)

sábado, 1 de outubro de 2011

IstoÉ denuncia fábrica de sindicatos da Força Sindical a partir de denúncia feita pela CUT/SE

Autor // CUT/SE

Sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE) denunciaram no Ministério Público Federal (MPF) e na Polícia – Departamento de Defraudações – o esquema da Força Sindical junto ao Ministério do Trabalho (MTE) para se beneficiar na disputa sindical. Dentre as acusações estão fraudes na confecção de atas e editais de convocação.

Para surpresa da CUT/SE, a Revista IstoÉ na edição 2178, publicou uma matéria denunciando a fabriação de sindicatos por parte da Força Sindical em conluio com o MTE, revelando, inclusive, a cobrança de propina para liberação de registro sindical. Há bastante tempo, o presidente da CUT/SE, Rubens Marques, tem denunciado na imprensa que o Ministério do Trabalho há muito deixou de ser republicano, e passou a defender outros interesses. Agora a revista IstoÉ traz uma matéria investigativa, revelando todo o esquema de multiplicação de sindicatos e o mercado negro das cartas sindicais. Confira abaixo a matéria do jornalista Cláudio Dantas Sequeira na íntegra, disponível no site da Revista IstoÉ.

Eles fabricam sindicatos

Ministério do Trabalho promove o milagre da multiplicação, criando uma nova entidade a cada dia, e documentos revelam um mercado negro das cartas sindicais
A trajetória do ex-jornaleiro Carlos Lupi, que virou presidente do PDT e ministro de Estado, é um exemplo do quanto a política e os movimentos sociais no Brasil são capazes de transformar a vida de um cidadão. Foi a disciplinada militância de Lupi nos partidos e nos sindicatos que consolidou seu caminho até o Ministério do Trabalho. E desde que assumiu a pasta, em 2007, Lupi, associado ao deputado federal Paulinho da Força (PDT), ainda teve fôlego para tornar-se personagem de um novo milagre: o da multiplicação de sindicatos. Em apenas três anos de sua gestão no Ministério, foram concedidos 1.457 registros sindicais e há outros 2.410 pedidos em trâmite na Secretaria de Relações do Trabalho.

Nos primeiros seis meses deste ano, o ministro autorizou o funcionamento de 182 entidades sindicais, tanto de trabalhadores como patronais. Ou seja, em média surge um novo sindicato a cada dia no Brasil. Em vez de alta produtividade associativa, no entanto, parece haver uma situação de descontrole total na concessão de registros, como indicam uma avalanche de impugnações por parte de sindicatos históricos e o acúmulo de processos na Justiça do Trabalho. Há sinais contundentes de que a fabricação de sindicatos, federações e confederações vem atendendo a interesses políticos e partidários, não apenas trabalhistas. Denúncias, recebidas por ISTOÉ, indicam inclusive a existência de um balcão de negócios por trás da concessão das cartas sindicais, que chegariam a custar R$ 150 mil no mercado negro da burocracia federal.
A presidente da Federação Nacional dos Terapeutas (Fenate), Adeilde Marques, relata um episódio definitivo para revelar o tratamento diferenciado que estaria ocorrendo na burocracia federal. Quem paga, segundo ela, vai para o topo da fila das concessões de cartas sindicais. Quem se recusa a entrar no esquema pode ficar esperando indefinidamente pelo registro. Ela conta que, ao buscar a regularização da entidade junto ao Ministério do Trabalho, em Brasília, foi encaminhada ao escritório do sindicalista Miguel Salaberry, ligado à Social Democracia Sindical, hoje a nova central UGT, União Geral dos Trabalhadores. “Me pediram R$ 5 mil para que a carta sindical saísse mais rápido”, afirma. Indignada, Adeilde pediu apoio da Força Sindical. Foi pior. Em conversa com o próprio presidente da central em Sergipe, Willian Roberto Cardoso Arditti, o “Roberto da Força”, Adeilde foi informada de que a carta sindical poderia custar até R$ 40 mil. “Eu me recusei a pagar”, garante.

Roberto da Força é o mesmo personagem que aparece em denúncia da presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Nossa Senhora do Socorro, Edjane Silveira. Ao Ministério Público Federal, ela disse que não quis pagar o pedágio e trocou a Força Sindical pela CUT. Em retaliação, Roberto criou, com aprovação do Ministério, um clone do sindicato de Edjane com um nome quase idêntico: o Sindicato dos Servidores do Município de Nossa Senhora do Socorro (Sindispub). No comando desse Sindispub clonado está Joanes Albuquerque de Lima, que também preside outros sindicatos locais da Força Sindical. “Mesmo provando que o sindicato de Edjane já existia desde 2001, a Secretaria de Relações do Trabalho arquivou nosso processo de pedido de registro sindical”, reclama o advogado João Carvalho.

Há uma coleção de casos estranhos. Em São Paulo, o camelô José Artur Aguiar conseguiu fundar o Sindicato dos Trabalhadores em Casas Lotéricas, mesmo sem nunca ter trabalhado na atividade (o registro é contestado na Justiça). Em outro episódio, o Sindicato de Empresas de Desmanche de Veículos (Sindidesmanche), entidade patronal ligada à Força, ganhou sua carta sindical apesar de seus dirigentes – Mario Antonio Rolim, Ronaldo Torres, Antonio Fogaça e Vitorio Benvenuti – também comandarem, na outra ponta, uma entidade de trabalhadores, o Sintseve, que reúne inspetores técnicos em segurança veicular. O objetivo da multiplicação de entidades não é difícil de entender.
Sindicalistas brigam para pôr as mãos na contribuição sindical dos trabalhadores. Só em 2010, R$ 1,2 bilhão foi arrecadado, sendo que 60% da bolada parou nos cofres dos sindicatos, 15% nas federações, 5% nas confederações e 10% nas centrais de trabalhadores. A criação de sindicatos clones é a maneira mais rápida de decidir a parada. Quando reconhece um novo sindicato, o Ministério do Trabalho fornece o código que permitirá à entidade ter acesso a uma conta-corrente na Caixa Econômica em que serão depositados os recursos do imposto sindical recolhido daquela categoria. Automaticamente, então, o novo sindicato passa a ser dono do cofre. O sindicalista Raimundo Miquilino da Cunha, presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo, tem um bom exemplo de como funciona a clonagem oficial de entidades. A federação comandada por ele, fundada há quase 30 anos, tem 24 sindicatos e representava cerca de 400 mil trabalhadores, a maioria frentistas. Este contingente acabou abocanhado pela Força Sindical a partir da criação de sindicatos estaduais de frentistas. A tarefa de multiplicação coube a Antonio Porcino, dirigente da Força e ex-prefeito de Itaporanga (PB). Ele criou o Sindicato dos Empregados em Postos de Serviço de Combustíveis e Derivados de Petróleo de São Paulo, depois ajudou a fundar sindicatos de frentistas em vários Estados, inclusive no Rio de Janeiro. “O Lupi participou da inauguração do sindicato dos frentistas no Rio antes que a certidão sindical fosse publicada no ‘Diário Oficial’ ”, acusa Miquilino da Cunha.

O esquema que permite a clonagem e o fatiamento de entidades sindicais começou em 2008, a partir da Portaria 186, que estabeleceu novas regras para o registro sindical. O texto tinha por princípio combater a unicidade sindical nas entidades de grau superior (federações e confederações), mas acabou retalhando o movimento sindical e servindo aos interesses da Força e do PDT. A Secretaria de Relações do Trabalho, responsável pela concessão das cartas sindicais, foi comandada até o ano passado por Luiz Antonio de Medeiros, que deixou o posto para concorrer nas eleições.

Mesmo fora da pasta, ele continua operando por intermédio da técnica Zilmara Alencar e de seu chefe de gabinete, o delegado aposentado Eudes Carneiro, que representa Lupi em reuniões sindicais e inaugurações de entidades. Carneiro é tesoureiro do Sindicato Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Sindepol). Questionado por ISTOÉ, Lupi negou que haja interferência política na liberação dos registros. “O papel do ministério é de mediação”, diz ele. Na opinião do ministro, a Portaria 186 “democratizou” o movimento sindical. Não é o que pensam outros históricos sindicalistas como o ex-governador gaúcho Olívio Dutra. Para ele, a política de Lupi não passa de um “democratismo sindical”, que estaria “estilhaçando a representação dos trabalhadores e favorecendo barbaridades”. Dutra alerta: “São gangues que se apropriam dos recursos do trabalhador.”

(Fonte: Sintese)