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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ressocializar jovens, um trabalho difícil Funase

 
Escrito por Diário de Pernambuco    
Diário de Pernambuco -  Na unidade de Abreu e Lima, onde houve a rebelião, há 300 adolescentes, quando o número ideal seria 98, segundo a própria instituição.

Dia 5, o agente socioeducativo Elvismar Soares dos Santos, 34 anos, morreu. O motivo: uma perfuração à bala no lado esquerdo da cabeça feita durante rebelião numa das unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). O nome do suspeito? Ainda não se sabe. E é provável que fique assim - no anonimato para sempre. O tiro que acabou o sonho do novo emprego pode ter sido disparado por um adolescente interno do Centro de Atendimento Socioeducativo de Abreu e Lima. Elvismar trabalhava lá há pouco mais de um mês, recém-contratado de um concurso estadual. Sabia dos riscos, mas a família não esperava enfrentá-los tão cedo. A bala atingiu o agente na quinta-feira, 1º de abril, causando o óbito na segunda-feira, 05. Não era mentira. Elvismar morreu dentro do sistema que deveria ressocializar os jovens, a maioria entre 16 e 17 anos, pobre e que não frequenta a escola.

Até o início da noite, não havia chegado inquérito à sede da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), que ficará à frente do caso. As investigações foram iniciadas no plantão, durante o feriado da Páscoa, mas a arma do crime continuava desaparecida. A direção da Funase não revelou detalhes, preferiu silenciar. Aos familiares, restou a revolta. Ainda não houve tempo para perdão.

O corpo de Elvismar chegou ao Instituto de Medicina Legal durante a noite, mais de 12 horas após sua morte no Hospital da Restauração, onde permanecia internado desde a madrugada do dia 2. A liberação estava prevista para ocorrer no dia 06, ao longo do dia, mas os familiares ainda temiam que a "greve branca" do IML prolongasse a dor e adiasse o enterro.

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