Agente socioeducativo não resiste e morre

			ALEXANDRE FERREIRA

O agente socioeducativo Elvismar Soares Santos, 34, baleado durante uma rebelião na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em Abreu e Lima, no dia 1º de abril, morreu na manhã de ontem no Hospital da Restauração (HR). Elvismar deu entrada no HR no início da madrugada da sexta-feira, depois de levar um tiro nolado esquerdo da cabeça. Ele apresentava fratura e afundamento no crânio, além de contusão cerebral. Elvismar foi submetido a cirurgia no crânio, drenagem de contusão cerebral e microcirurgia vascular. O agente estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), quando, às 7h30 de ontem, teve uma parada cardiorespiratória, não respondendo às tentativas de reanimação. O agente socioeducativo estava na guarita da Funase, quando foi atingido pelo tiro. Depois de ter sido atendido inicialmente no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, ele foi transferido para o HR. A polícia ainda não sabe de onde partiu o tiro que atingiu o agente. Durante a rebelião, outro servidor se feriu e um interno foi morto. O corpo do interno foi encontrado com um ferro cravado na lateral direita do tórax, queimado e pendurado na trave da quadra poliesportiva da unidade. “O clima dentro das unidades da Funase é terrível. É muito arriscado porque são centenas de menores para poucos agentes. Só quem trabalha lá sabe pelo que passa”, comentou o agente da Funase do Cabo de Santo Agostinho e amigo de Elvismar, Euiraquitan Amaral da Silva.