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Esse é o primeiro blog dos Agentes de Segurança de Medidas Socioeducativas do Estado de Sergipe.
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sábado, 2 de junho de 2012

Sergipe é o 6º Estado com maior superlotação nas unidades de medidas socioeducativas

A pesquisa ‘Panorama Nacional – A execução das medidas socioeducativas de internação’, realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revela que Sergipe é o quarto estado do Nordeste e o sexto do país com maior superlotação nas unidades de medidas socioeducativas para adolescentes. Apesar da pesquisa mostrar que as unidades sergipanas estão com sua capacidade de lotação em 108%, a Fundação Renascer, responsável pela administração das quatro unidades de medidas socioeducativas de Sergipe, informa que apenas a Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (USIP) encontra-se em situação de superlotação, uma vez que o local com capacidade para 46 adolescentes, atualmente atende 84. A assistente social da Diretoria Operacional (Dirop) da Fundação Renascer, Greice de Oliveira Souza, explicou que a superlotação na USIP é ocasionada pelo recebimento de adolescentes de Aracaju e do interior do Estado que aguardam, no prazo de 45 dias, a decisão sobre o acolhimento, a internação ou liberação. “Tem adolescentes que passaram desse prazo e ninguém decidiu nada, por isso eles continuam lá”, afirma. Para o presidente dos Sindicatos dos Agentes de Segurança, Eziel Oliveira, a superlotação também pode causar tentativas de fuga e dificuldades na contenção dos adolescentes. Além da superlotação, a estrutura física das unidades compromete o processo de ressocialização dos adolescentes em conflito com a lei. Para a promotora da 8ª Promotoria de Justiça do Cidadão Especializada nos Direitos da Criança e do Adolescente, Maria Rita Machado Figueiredo, a estrutura atual da USIP e do Centro de Atendimento ao Menor (CENAM) está completamente distante do modelo ideal de aplicação das medidas socioeducativas. “Lá encontramos verdadeiros presídios. Embora digam que são alojamentos em alas, o que vemos são meninos trancados sem ter acesso a parte externa”. Ela lembrou que a estrutura das unidades de medidas socioeducativas está prevista no documento que institui o SINASE, da Secretaria Especial de Direitos Humanos e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Segundo a promotora, quando um adolescente comete um ato infracional ele somente ficará privado de sua liberdade de ir e vir, contudo, os demais direitos devem ser garantidos na unidade onde ele está cumprindo a medida. Na avaliação da promotora, o que existe é uma falta de respeito a qualquer garantia de direitos dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Diante disso, já houve reunião com a Fundação Renascer e com a Secretaria de Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social, mas a Promotoria aguarda uma sinalização acerca das adequações necessárias. “As adequações terão que ser feitas porque a lei está aprovada e tem um artigo nela que diz que o gestor público responde por omissão. Então, nessa ação também estaremos responsabilizando os gestores públicos que forem omissos na aplicação da lei”.
SINASE - O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA) reconhece a provação da Lei do SINASE como um marco importante de defesa dos direitos humanos de adolescentes. Segundo o presidente do Conselho, Danival Falcão, as medidas socioeducativas são de extrema importância no processo de ressocialização do adolescente em conflito com a lei, pois permitem que ele construa novos projetos de vida, refletindo sobre os seus atos num ambiente favorável a essa prática. “A aprovação da lei é motivo de comemoração para todos que enxergam as medidas socioeducativas como exemplos eficientes de reinserção de jovens na sociedade”. Sobre a estrutura das unidades, Falcão disse que os projetos de construção aprovados pelo CEDCA já atendem aos parâmetros estabelecidos na nova lei do SINASE. Quanto às unidades já existentes, ele reconhece que elas devem passar por adequações.  
(Jornal da Cidade, 30/04/12)

sábado, 19 de maio de 2012

Servidores públicos recebem remuneração abaixo do mínimo

Sefaz diz que distorção será corrigida com reajuste de salário


Servidores terão perdas referentes a
janeiro e fevereiro (Foto: Arquivo Infonet)
Servidores públicos estaduais denunciam que há categorias recebendo salário base em valor inferior ao salário mínimo vigente no país. A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) admite a baixa remuneração e revela que as distorções serão corrigidas quando o Governo do Estado anunciar o próximo reajuste salarial para o funcionalismo público, mas admite que, mesmo assim, haverá perdas, uma vez que as correções se limitam ao mês de março [a data base dos servidores públicos] e que ainda não há data prevista para o governo anunciar o reajuste.
Os servidores acham que a correção salarial deve ser retroativa a janeiro, período em que o novo valor do mínimo passou a vigorar e não em março, na data base. Um agente de medidas sócioeducativa adverte que a categoria já está mobilizada para mover uma ação judicial contra o Estado.

Ele adverte que o governo deve corrigir não no mês da data base, mas a partir de janeiro, especialmente quanto ao pessoal regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). “Não somos estatutários, portanto não devemos ter o mesmo tratamento. Se é assim, por que o Estado não transforma nosso regime jurídico e nos coloca como estatutário?”, questiona o agente. “Vamos entrar com ação judicial para que as correções de nossos salários sejam feitas na data em que o novo valor do salário mínimo começou a vigorar, que foi janeiro”, alerta.
A Assessoria de Comunicação da Sefaz informou que o projeto do governo é fazer mudanças, de forma gradativa, na data base do funcionalismo público, passando de março para o mês de janeiro e, desta forma, evitar problemas com as distorções. Antigamente, segundo a Sefaz, a data base era o mês de maio, no ano passado passou para abril, neste ano é março, no próximo ano será fevereiro e, finalmente, passará para o mês de janeiro no ano de 2014.
(Fonte: Infonet.com.br)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Adolescentes promovem Rebelião na USIP

Três agentes ficaram feridos em rebelião de menores

Nesta quarta-feira, 28, mais uma rebelião e fuga foi registrada na Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (USIP), na cidade de Aracaju, SE. De acordo com agentes de segurança de medidas socioeducativas que preferem não ser identificados, o fato ocorreu quando os adolescentes promoveram uma rebelião na ala 1 e munidos de pedras e barras de ferro entraram em confronto com os agentes.
Segundos os agentes, três colegas saíram feridos com escoriações pelo corpo. Até o momento os agentes calculam que cinco internos conseguiram escapar, mas conforme nota da Fundação Renascer foram apenas quatro internos.
“Eles depredaram toda a ala e promoveram uma baderna na unidade com pedras e barras de ferro nas mãos e foram para cima dos agentes. Na USIP existem hoje 70 internos sendo que a capacidade é apenas para 30”, denuncia.
A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Fundação Renascer que encaminhou nota às 15h40 informando que o tumulto na Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (USIP) teve início por volta das 12h25, quando os internos das alas 1 e 2 começaram a danificar a estrutura física, conseguindo sair pela parte superior.
De acordo com a assessoria foi verificada a evasão de quatro socioeducandos. "A Polícia Militar, através do pelotão de Choque, foi acionada e juntamente com a equipe de segurança da unidade, colaborou para que a normalidade da USIP fosse retomada e no momento a situação está sob controle. A unidade contava com 79 adolescentes, estando acima da sua capacidade que é para 46 internos", esclarece.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Atendimento à beira do colapso em centros de internação

Reportagem: Carla Borges eDeire Assis

Um buraco aberto na tela metálica sobre o pátio onde adolescentes internados para cumprimento de medidas socioeducativas tomam banho de sol, no Centro de Internação Provisória (CIP), instalado no 7º Batalhão da Polícia Militar (PM), proporcionou a fuga de três adolescentes. O que mais chama a atenção, no entanto, é o intervalo entre a primeira fuga, quando saíram dois jovens, e a última, quando um ganhou a liberdade: três semanas e meia. O último a fugir é considerado de alta periculosidade.

Esta é apenas uma das situações que fundamentam a ação proposta pelo promotor de Justiça Alexandre Mendes Vieira, do Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude, para quem a situação nas unidades de internação chegou ao limite do absurdo, com uma crise sem precedentes. Ele pediu o afastamento do secretário estadual de Cidadania e Trabalho, Henrique Arantes, e que seja fixado prazo de 24 horas para fornecimento de medicamentos prescritos e de até cinco dias para a realização de pequenos reparos. O promotor pediu ainda a aplicação de multa no valor de R$ 15 mil, a ser paga por Arantes e pelo procurador-geral do Estado, Ronald Bicca (pessoas físicas) para cada item descumprido.

O cenário de caos apontado pelo promotor Alexandre Mendes é reforçado também por servidores que atuam nessas unidades. Alguns deles conversaram ontem com a reportagem e descreveram situação alarmante nas unidades que funcionam em Goiânia. No Case, centro tido como modelo para aplicação de medida de internação, há mais adolescentes que vagas. Os alojamentos, que deveriam ser individuais, já recebem mais de um infrator, o que aumenta o clima de tensão no local. Tentativas de motim e fuga são frequentes, relatam servidores.

Água na canela

Ainda no Case, os problemas de infraestrutura se agravam a cada dia. “Quando chove, a água chega na canela”, cita um funcionário. Os banheiros não funcionam direito, há rachaduras nas paredes por toda parte, à noite ambientes ficam em total escuro, porque falta iluminação, relatam. “Os problemas trazem insegurança para todos. Recentemente, adolescentes colocaram fogo em um colchão tentando atingir outro, que os tinham denunciado por irregularidades cometidas lá dentro”, cita outro funcionário.

“A pressão é enorme. Não tem diferença de cadeia”, afirma um servidor ouvido pelo POPULAR. “O que menos ocorre nessas unidades é a recuperação desses meninos. Não é realizado nada para que isso aconteça.” Segundo o funcionário, há poucos dias só não houve fuga em massa de uma das unidades porque os agentes conseguiram evitar. Mas os adolescentes chegaram a abrir as grades, tamanha a fragilidade das celas, denuncia ele.

Para o promotor Alexandre Mendes, a situação vivida por adolescentes e servidores das unidades de internação de adolescentes – das quais três em Goiânia, mais o plantão interinstitucional da Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) e o restante no interior do Estado – é de “caos”. Em visita ao Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), no Conjunto Vera Cruz, o promotor atendeu dois adolescentes que contaram ter sido vítimas de estupro dentro da unidade, praticado por outros adolescentes.

“Isso aconteceu durante o banho de sol, quando os adolescentes deveriam estar acompanhados de educadores. Mas, como eles (educadores) são poucos, em número insuficiente, não acompanham como seria necessário”, sustenta o promotor. “Nos banhos de sol, eles ficam muitas vezes sozinhos, porque os educadores são poucos e ficam com medo.” Outro caso recente, que ilustra a crise sem precedentes no sistema, é o assassinato do adolescente Marcos Vinícius Martins dos Santos, de 17 anos. Ele foi espancado até a morte no dia 30 de janeiro. O crime aconteceu dentro do Centro de Internação de Adolescentes (CIA), que funciona dentro do Batalhão Anhanguera da PM, no Setor Marista.

Dois dos quatro acusados de matar Marcos Vinícius foram transferidos para o Case. No local, eles tentaram contra a vida de outro adolescente, que quase foi morto por enforcamento com um lençol. Desde 2009, outro três adolescentes abrigados em centros de internação em Goiás foram mortos no interior das unidades. Houve, no período, também, uma tentativa de homicídio contra um dos adolescentes abrigados em Goiânia (veja relação desses casos em quadro dessa página). O acusado dos disparos é um policial militar que trabalha no batalhão da PM.

“Sou promotor nesta área há 13 anos. O atendimento nunca foi ideal, mas jamais foi tão ruim como agora. Foi simplesmente deixado de lado, abandonado”, sustenta Alexandre Mendes. Um dos indicadores, segundo ele, é o altíssimo índice de reincidência dos adolescentes em atos infracionais. “É de quase 100%”, garante.

Faltam servidores

Nas três unidades de Goiânia estão atualmente entre 140 e 150 adolescentes. Em todo o Estado, são 320.Um problema crítico, que já foi mostrado pelo POPULAR, é o da falta de funcionários. Reportagem publicada em agosto do ano passado mostrava que a insegurança e a falta de estrutura de trabalho haviam levado cerca de 40% dos servidores aprovados a pedir exoneração. Recentemente, segundo o promotor, 24 funcionários comissionados foram exonerados em um só ato, o que contribui para agravar ainda mais a situação.

Para promotor, secretário nunca foi a uma unidade de recuperação

O promotor de justiça Alexandre Mendes Vieira, do Centro de Apoio da Infância e da Juventude, está convencido de que a crise no sistema socioeducativo é provocada por má gestão. “A situação é de calamidade. O sistema está funcionando como o sistema penitenciário. Os adolescentes entram para cumprir medida socioeducativa, mas, na verdade, cumprem pena e saem piores do que entraram”, diz o promotor. “Há omissão do secretário. Ele nunca foi a nenhuma unidade nem se reúne com diretores e servidores.”
Henrique Arantes negou a acusação e disse que já esteve em algumas unidades, mas não disse quando nem qual foi visitada por ele.

Alexandre Mendes explica que em um primeiro momento pede liminarmente o afastamento do secretário e a notificação do governador Marconi Perillo para indicar outro, caso queira, até o julgamento final. No mérito, o promotor pede o afastamento definitivo de Arantes e o estabelecimento de prazos para aquisição de medicamentos, fornecimento de material de higiene e limpeza e também para realização de reparos. Este último deve ser de, no máximo, cinco dias, segundo o pedido apresentado. “Não estou pedindo a reforma, mas que sejam feitos serviços de R$ 500, R$ 1 mil.”

O promotor diz ainda que propôs a ação contra o secretário e não contra a superintendente da Criança e do Adolescente da secretaria, Luzia Dora Praxedes, por entender que ele é o responsável direto. “As unidades estão caindo aos pedaços em cima dos adolescentes e dos servidores.” Em junho do ano passado, a pedido do promotor, a Justiça determinou a interdição do CIP. “Agora, a unidade está caindo de novo.”

“Ele não sabe do que está falando”

O secretário de Cidadania e Trabalho, Henrique Arantes, disse que os problemas pontuais que o promotor cita na ação já foram solucionados e que não vê motivo para a ação. “Ele (promotor Alexandre Mendes Vieira) não sabe do que está falando”, afirmou o secretário ao POPULAR. Ele admite que há problemas nos centros de internação de adolescentes, inclusive de falta de servidores. “São todos servidores contratados para as atividades-fim”, relatou o secretário. O secretário diz que pediu à Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) que autorize a convocação de mais servidores do cadastro de reserva do último concurso, além de sua prorrogação.

Sobre as exonerações, ele diz que foram 14 e não 24 e que todos foram substituídos. “São todos comissionados, de livre nomeação e exoneração por parte do secretário”, justificou. Henrique Arantes reconhece ainda a tensão existente nas unidades, não só pela quantidade insuficiente de educadores, mas também pelo fato de a maioria ser mulher. “Infelizmente, elas sabiam onde trabalhariam, o tipo de atividade, estava no edital do concurso.”

Sobre as reclamações de falta de carro e medicamentos para os adolescentes, o secretário diz que todas as unidades de Goiânia contam com um carro cada. Quanto aos medicamentos, ele assegura que eles vêm sendo adquiridos com recursos do fundo rotativo da secretaria. A licitação para aquisição em quantidade suficiente está em curso.

O secretário reconhece que o promotor “tem razão em parte” em relação à demora em realizar pequenos reparos, por causa da demora na liberação do orçamento deste ano. “O dinheiro só está sendo liberado agora”, diz.
(Fonte: Jornal O Popular)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Seis internos escalam muro e fogem da USIP em Sergipe

Eles serraram as grades e saíram sem que ninguém fosse ferido


Seis internos fugiram da Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (USIP), anexo ao Centro de Atendimento ao Menor (Cenam), na manhã desta sexta-feira, 2. Durante a fuga não houve feridos. Segundo informação de um agente, que não quis se identificar, os internos serraram as grades e fugiram pelo muro da Unidade. Até o momento nenhum dos seis internos foram reconduzidos.

No ínicio do ano sete adolescentes conseguiram escapar da ala 02 da unidade. USIP. Outras tentativas de fuga também foram registradas.

Renascer

Assessoria de comunicação da Fundação Renascer respondeu em nota o Portal Infonet. "A direção da Usip confirmou a evasão dos seis adolescentes durante essa manhã de sexta. Todos eles estavam na ala 2 e se utilizaram de uma serra para danificar a grade, saindo pela parte superior do banho de sol e alcançando o teto da Acadepol, que fica ao lado da unidade. A ação foi bastante rápida, o que impediu qualquer reação da equipe de segurança da unidade. Com esta evasão, a unidade passa a contar com 60 internos", na íntegra.
(Fonte: Infonet)

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Jornada especial 12 x 36 não exclui direito a feriado.

Apesar de não comparecer ao trabalho alguns dias por semana, a jornada de trabalho do empregado submetido à jornada de 12×36 é idêntica àquela prestada pelos empregados que se submetem a 8 horas de trabalho diariamente.


Escrito por Alexandre Sobral

No Brasil, a duração normal do trabalho, prevista no artigo 7º, XIII, da Constituição da República, é de 08 horas diárias ou 44 semanais. Essa limitação visa a proteger o empregado dos efeitos da fadiga, evitando, assim, possíveis acidentes de trabalho. Por outro lado, permite ao trabalhador maior convívio familiar e social, bem como mais tempo para se aprimorar profissionalmente. Contudo, essa mesma Constituição faculta a compensação de horários e a redução da jornada, por meio de negociação coletiva.

Algumas categorias profissionais, em decorrência de características próprias, costumam adotar o regime de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, muito comum em estabelecimentos hospitalares e na área de vigilância. O que se discute nessa jornada especial é a questão do direito aos feriados, que muitos pensam não existir. No entanto, esse direito, previsto na Lei nº 605/49, também está presente na jornada 12 x 36. A essa conclusão chegou a juíza titular da 2ª Vara do Trabalho de Barbacena, Vânia Maria Arruda, no julgamento da ação proposta por um vigilante contra as empresas para as quais prestou serviços.

De acordo com a narrativa do trabalhador, as reclamadas não lhe concediam folgas em dias de feriados. As empresas não negaram os fatos, apenas se limitaram a afirmar que os vigilantes seguem regras próprias, não tendo direito a receber pelo trabalho nestes dias. Mas, segundo esclareceu a magistrada, não há dúvida de que a Lei nº 605/49 não excluiu o empregado que exerce a função de vigilante do direito ao gozo dos feriados. No caso, o reclamante trabalhava 180 horas por mês e a circunstância de folgar duas vezes na semana não significa que houvesse compensação dos feriados não descansados.

A juíza explicou que o empregado submetido à jornada de 12 x 36 trabalha quatro dias em uma semana e três na semana seguinte, o que equivale a 48 horas de prestação de serviços na primeira e trinta e seis na segunda. Em média, são quarenta e duas horas trabalhadas. Assim, fica claro que apesar de não comparecer ao trabalho alguns dias por semana, a jornada de trabalho do empregado submetido à jornada de 12×36 é idêntica àquela prestada pelos empregados que se submetem a 8 horas de trabalho diariamente, não se podendo creditar à conta de feriados trabalhados aqueles dias em que permanece em sua residência recompondo suas forças, concluiu.

Com esses fundamentos, a magistrada condenou as reclamadas ao pagamento em dobro dos feriados nacionais estabelecidos nas Leis nº 662/49, nº 9.093/95 e nº 10.607, com reflexos nas demais parcelas, independentemente do descanso já incluído na remuneração mensal. Houve recurso por parte das empresas, mas a condenação foi mantida pelo TRT da 3ª Região.

ED 0000238-22.2011.5.03.0132
Fonte | TRT 3ª Região – Terça Feira, 13 de Dezembro de 2011

http://alexandresobral.blog.emsergipe.com/2011/12/16/jornada-especial-12-x-36-nao-exclui-direito-a-feriado-apesar-de-nao-comparecer-ao-trabalho-alguns-dias-por-semana-a-jornada-de-trabalho-do-empregado-submetido-a-jornada-de-12x36-e-identica-aquela-pr/

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Fuga na Unidade Provisória em Aracaju/SE

Os sete adolescentes fugiram, após simularem uma rebelião.
Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (Fotos: Portal Infonet)
Sete adolescentes fugiram da Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (USIP), anexo ao Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) na manhã desta quinta-feira, dia 12.

Os adolescentes conseguiram escapar da ala 02 da USIP. De acordo com o agente da Unidade, Carlos Henrique, os jovens simularam uma rebelião por volta das 8h30 da manhã e no momento em que os agentes se deslocaram até a ala, foram surpreendidos pelos adolescentes. “Com a ajuda do portão, que eles conseguiram serrar, deram um golpe e conseguiram sair livremente da ala tendo acesso ao pátio. Assim que saíram, eles subiram até o telhado e escaparam”, conta.

Ele ainda relata que devido as alas 5 e 6 estarem em reforma, os internos dessas alas tiveram que serem distribuídos nas demais unidades. “As alas estão superlotadas por conta da reforma e juntos, eles tentam fugir da Unidade", diz.
Uma operação foi montada, mas nenhum adolescento foi apreendido
No momento das buscas, policiais receberam a informação de que três adolescentes, dos sete que fugiram, estariam escondidos em um matagal próximo a Universidade Federal. Uma operação foi montada na região, com o apoio de diversos setores da polícia, mas nenhum adolescente havia sido apreendido.
A direção da Fundação informou que três internos já foram encontrados e reencaminhados à Usip na tarde desta quinta-feira, dia 12.
(Fonte: Infonet)

sábado, 7 de janeiro de 2012

Agente perde tudo em desabamento

Caros colegas, este blog não serve apenas para divulgar fugas, rebeliões e ações exercidas pelos agentes de segurança socioeducativos nas unidades, mas, também, para ajudar nossos companheiros de farda quando estiverem passando necessidades.

Esta semana recebemos um apelo de um dos nossos companheiros para que pudéssemos ajudar outro agente socioeducativo.

Segue, abaixo, o apelo do Agente Socioeducativo Raymundo N. R. Júnior
Antes

Boa tarde!

Caros amigos, um dos desabrigados dos prédios que desabaram no bairro Caiçara é meu colega de trabalho o ASE - Glauco Peixoto (31) 9995-3290.

Depois
Gostaria de pedir a quem puder ajudar de alguma forma doando roupas, produtos de higiene ou qualquer coisa que possa ser útil para uma pessoa que perdeu tudo.



Entre em contato comigo pelo:
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=8125837765188835831
MSN: pessoadetalento@hotmail.com
ou com:
ASE - Victor Vinicius Figueiras (31) 8606-4004.

ELE TRABALHA NO CENTRO SOCIOEDUCATIVO SANTA CLARA

Muito obrigado!!!


Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar.
(Santo Agostinho)

sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO!!

O Blog dos Agentes de Segurança Socioeducativos deseja a todos os seus colegas de farda, seguidores, colaboradores, leitores e amigos um 2012 repleto de felicidade, sucesso e realizações.

Nosso trabalho em 2012 será ainda mais árduo para poder noticiar da melhor forma o trabalho, a luta e o esforço dos Agentes de Segurança Socioeducativos.

Agradecemos a todos as crítica, as denúncias e os apoios que foram enviados através de e-mails, mensagens no Orkut e no Mural de Recados.


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Tumulto ocorre em unidade socioeducativa feminina

Mais uma unidade de medidas socioeducativas passou por dificuldades nesta segunda-feira, 26, em Aracaju. Dessa vez, foi a Unidade Socioeducativa Feminina que, no começo da noite, teve problemas com algumas internas. 

Segundo um agente que não quis se identificar – segundo ele, por temer represálias –, o momento de tensão aconteceu por volta das 20 horas durante o procedimento de tranca,  em que as garotas devem ser reconduzidas à ala de segurança. O agente afirma que as cinco adolescentes internas disseram que não iam entrar, e começaram a xingar e ameaçar os funcionários.

Agente ferido na Unifem
Em seguida, como os agentes não se intimidaram e foram cumprir o procedimento, duas internas começaram a agredi-los com arranhões e golpes de cabo de vassoura, enquanto as outras três faziam contenção para as primeiras. Os agentes conseguiram controlar o problema e colocá-las na ala de segurança.