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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ciad afasta funcionários sob suspeita de facilitação de fugas

Titular da 3ª vara da infância visitou o órgão ontem; sindicância interna já afastou funcionários


Frequentes fugas registradas no Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator (Ciad), no bairro de Cidade da Esperança, Zona Oeste de Natal, RN, motivaram uma inspeção no local, feita pelo juiz da 3ª Vara da Infância de Natal, Homero Lechner, ontem pela manhã. Segundo a diretora da unidade socioeducativa, Maria Shirley, já ocorreram quatro fugas no centro este ano. Na última, registrada em 4 de abril, 13 internos conseguiram escapar. O magistrado acredita que houve facilitação por parte de funcionários.

Juiz Homero Lechner
(Foto: Paulo de Sousa/ DN/D.A/Press)
Homero Lechner conta que a última fuga ocorreu à noite. "Desconfiamos que houve facilitação na entrada de uma serra que ficou de posse dos internos. Eles serraram as grades e conseguiram escapar. Ainda tivemos notícias de que os portões das alas de internação foram deixadas abertos". Para o juiz, as frequentes fugas que vêm ocorrendo na unidade representam um problema grave. "Um dos jovens que escapou neste ano acabou morrendo em confronto com a polícia dias depois. Ele era integrante de uma perigosa quadrilha de assaltantes".

Maria Shirley diz que as circunstâncias sobre a última fuga de internos está sendo apurada pela Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (Fundac). Segundo ela, já houve o afastamento de funcionários e de pessoas que estavam de plantão no dia que aconteceu o fato. "Comunicamos à Justiça e abrimos uma sindicância interna. Não tenho autorização, porém, de dar mais nenhum detalhe sobre o ocorrido".

Durante a inspeção feita na manhã de ontem, o magistrado considerou que eram normais ou boas as condições estruturais do Ciad. Ele lembra que a instituição deve receber apenas os jovens que estão apreendidos de forma provisória. "Eles passam até, no máximo, 45 dias neste local, até que os seus processos sejam julgados e eles sejam transferidos", ressalta Homero Lechner. Outro motivo para a visita judicial foi a denúncia de maus tratos aos internos. "Mas isso não foi verificado. Nenhum dos jovens confirmou essa situação".

Apenas alguns problemas considerados leves, como a falta de bebedouros nas alas de internação, chamaram a atenção do juiz. A diretora da unidade garante que, no entanto, esse problema já está sendo solucionado.
(Fonte: Diário de Natal)

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