
A conclusão a qual chegaram os órgãos foi o que já é rotina nos noticiários locais: os agentes de segurança são mal preparados para desempenhar a função de proteger e lidar com os internos, não há programas educativos e de ressocialização, vários problemas de segurança, que facilitam a fuga dos menores etc. Enfim, se chegou ao veredito que o Cenam não cumpre o propósito para o qual foi criado: apreender dignamente os jovens infratores, prestar atendimento psicológico, desenvolver medidas educativas e evitar com que os internos voltem a praticar crimes. O Centro foi considerado pelas entidades como uma "cadeia para menores".
Não só os menores e seus familiares reclamam do serviço prestado no Cenam. Os agentes de segurança, quando não estão em greve, estão ameaçando paralisar as atividades devido, segundo eles, à falta de condições de trabalho e baixo salário. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança (Sindase), Eziel Oliveira, a condição de trabalho dos agentes é "a mínima possível; sem equipamentos adequados, não há armamentos não letais para evitar-mos motins e rebeliões antes que a Choque chegue; não existe a separação dos internos de acordo com os crimes cometidos, periculosidade e idade, como diz a lei etc".A respeito das constantes rebeliões e fugas, Eziel afirma que foram tantas fugas no ano passado, que ele desconhece o número. "Quando o coronel Henrique Rocha esteve à frente da segurança, havia mais preocupação em se investir neste setor, mas não havia recursos. Foram duas rebeliões durante a permanência do coronel Rocha, porém, com a chegada do atual presidente da Fundação [Renascer, que gerencia o Cenam], creio que já são doze. Eles [os menores foragidos ou que já cumpriram a pena] sempre voltam ao Cenam por cometerem outras infrações. E não há buscas após 24h da fuga".


Nenhum comentário:
Postar um comentário