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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Movimentos sociais e sindicatos veem criminalização das greves

Decisões judiciais que declaram ilegalidade desse tipo de manifestação contribuem para essa tese, de acordo com integrante do PSOL


Mike Gabriel, militante do diretório
estadual do PSOL (Foto: Arquivo Infonet)
Para os sindicatos e movimentos sociais as greves estão sendo cada vez mais criminalizadas e o que era direito passa a ser negado ao trabalhador. As decisões judiciais que declararam a ilegalidade das greves ocorridas no Estado nos últimos meses – o exemplo mais recente foi o do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino do Estado de Sergipe (Sintese) – são uma prova dessa criminalização, de acordo com Mike Gabriel Almeida Lopes, represetante do diretório estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

A agremiação promoveu na noite desta terça-feira, 21, um debate sobre o direito de greve e a postura do poder judiciário sergipano. Foram convidados a participar das discussões o conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil Henry Clay Andrade, o sindicalista Atamário Cordeiro e os diretores do Sintese.

“Nos últimos dois anos pelo menos 70% das greves foram consideradas ilegais em Sergipe. Ao invés de negociações, hoje, prefere-se a criminalização, porque quando você torna ilegal, você criminaliza a greve”, analisou Lopes. Segundo ele, as multas altíssimas estipuladas pela Justiça inviabilizam, por muitas vezes, as lutas dos trabalhadores. “Poucas vezes o sindicato pode arcar com o prejuízo e voltar atrás. Mas os movimentos sociais também não podem abdicar do mesmo direito que os patrões e entrar na Justiça para garantir a continuidade do movimento”, acrescentou.

A postura do Poder Judiciário, de acordo com Mike Lopes, se justifica, em parte, porque a Justiça também assume o lugar do patrão e, por fazer parte dos três poderes, também toma a parte do estado. “Houve casos recentes de greves que nem começaram e foram consideradas ilegais”, destacou.

O desafio para os movimentos sociais e sindicatos, segundo o integrante do PSOL, é buscar novas formas de pressão e reivindicação dos trabalhadores, mesmo sem descartar a greve como possibilidade. “Não dá para ficar só lamentando. Nós temos que continuar acreditando na greve, mas pensar em novos métodos para ela”, explicou.
(Fonte: Infonet)

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