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terça-feira, 24 de julho de 2012

Assistentes sociais e agentes socieducativos paralisam


Assistentes sociais afirmam que não há projeto de recuperação
Agentes paralisam atividades (Fotos: Portal Infonet)
“A única atividade educativa dos internos é dobrar papel”. A afirmação é do diretor do Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe que paralisou as atividades na manhã desta terça-feira, 24, junto com os agentes socioeducativos. As duas categorias reivindicam por melhores condições de trabalho no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam).

“Os internos produzem peças, vasos e artesanatos de papel sozinhos. Não há uma política de recuperação para esses jovens. Tentamos ao máximo ser criativos, mas já são seis anos que estamos trabalhando e não houve nenhuma capacitação para os profissionais”, afirma Ancelmo Menezes.

O Plano de Cargo de Salários é outra pauta de reivindicação dos assistentes sociais. De acordo com relatos dos profissionais, o cargo de assistente social não está sendo reconhecido. “Desempenhamos atividades de assistente social, mas o  nosso cargo está como orientador social o que não corresponde as atividades desempenhadas”, denuncia Ancelmo.
Diretor do Sindicato dos Assistentes Sociais afirma que não há projeto de recuperação
Os assistentes sociais também denunciam a falta estrutura adequada para acompanhamento socioeducativo. Segundo o sindicato, as atividades dos psicólogos, assistentes sociais e pedagogos estão resumidas em atendimento individual, o que os profissionais avaliam que não contempla o acompanhamento socioeducativo eficaz.

Agentes

Para reivindicar por melhores condições de trabalho no Cenam, os assistentes sociais e agentes paralisaram as atividades por 24 horas. Nos últimos 45 dias o Sindicato dos Agentes de Segurança de Medidas Socioeducativas (Sindasse) já paralisaram as atividades duas vezes por falta de negociação. “Já tem mais de um mês que a pauta de reivindicação foi entregue a Fundação Renascer e até o momento não houve negociação”, afirma o vice-presidente.
Sidney denuncia irregularidades
De acordo com o Sindasse ao todo são 116 agentes, número considerado insuficiente para atender a demanda. O Sindicato pede no mínimo 200 agentes para atender aos internos. O agente socioeducativo Valdson Bastos explica que são 10 agentes por plantão para atender 70 internos. “Além do armamento precário, o baixo efetivo preocupa. Caso aconteça uma fuga é muito complicado para consegui conter os internos por causa do número reduzido de agentes”, diz Bastos.

Irregularidades

O Sindasse ainda ressaltou que caso não ocorra negociações até o fim da semana, a categoria deflagrará greve por tempo indeterminado. Quanto as denúncias das irregularidades nos pagamentos de diárias o sindicato afirma que o dinheiro deverá ser devolvido aos cofres públicos.

“Cerca de  330 pessoas estão  recebendo gratificações, sendo que as unidades possuem ao todo 160 funcionários. Só a presidente da Fundação, diretor financeiro e operacional já foram pagos mais de 250 mil. Este dinheiro precisa ser devolvido aos cofres públicos”, denuncia Sidney.
Polícia concentrada deste o início da manhã
Um pelotão de Choque permenece concentrado em frente ao Cenam desde o início da manhã, para garantir a segurança. O Sindasse informou que apesar da paralisação, a segurança continua sendo realizada dentro das unidades pelos 10 agentes de plantão.

Fundação

A Fundação Renascer informou que já tem conhecimento das atividades do Sindasse e vai aguardar até o fim da paralisação para retomada de negociações:

“A diretoria executiva da Fundação Renascer não entende e fica surpresa com o movimento de paralisação e greve anunciadas, uma vez que na reunião do dia 5 de julho os representantes do Sindasse concordaram e assumiram o compromisso de aguardar o prazo solicitado. Também volta a afirmar que os esforços para atender as reivindicações, que são amplas e requerem planejamento, estão sendo feitos, e espera manter o diálogo que foi aberto com a Seides e Fundação Renascer, visto que, com paralisação e greve as negociações regridem e todos perdem”, alegou a Fundação, por meio de nota enviada ao Portal Infonet.

(Fonte: Infonet)

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